quinta-feira, 5 de maio de 2011

Indústria da beleza movimenta economia em Fernandópolis e região

Setor está em crescimento e gera milhares de empregos mesmo para aqueles que não possuem curso superior
 
 Por: Bruna Ferreira 

          O que existe de comum entre a mulher sofisticada com alto poder econômico e a moradora de um bairro simples da cidade? Além delas serem mães, esposas, donas-de-casa, há outra característica que as aproximam e que ganham cada vez mais importância no mundo moderno: o poder da imagem, da beleza externa, da estética. O cuidado com o corpo, o cabelo, a pele, a vontade de ficar mais bonita e desejada, mostra uma mudança de comportamento percebida principalmente por alguns setores da economia.
A indústria da beleza tem investido muito para o acesso de todas as classes sociais. Hoje, qualquer pessoa é possível cuidar da aparência física sem precisar gastar muito dinheiro devido às facilidades que o mercado tem proporcionado. Mas é preciso ficar atento à qualidade do trabalho.
O Brasil é o terceiro maior consumidor de produtos de higiene e beleza, ficando atrás apenas dos Estados Unidos e do Japão. De acordo com a ABIHPEC (Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos), nos últimos seis anos, o mercado de cosméticos no Brasil faturou R$13,1 bilhões. O setor cresce em um ritmo mais acelerado do que o PIB brasileiro.

Setor em expansão
Em Fernandópolis esse mercado está em alta. São muitos salões de beleza, lojas de cosméticos e clínicas de estética espalhadas pelo centro e bairros da cidade.
As mulheres ainda são a maioria da clientela, mas segundo Sueli Gonçalves proprietária da loja de produtos de beleza Difafá, o crescimento na linha de cosméticos para os homens e para crianças é significativo. “De uns dez pra cá, houve um crescimento mais que dobrado no faturamento, há muita novidade infantil, como esmaltes”, ressalta.
Umas das estratégias que os empresários desse ramo encontram para atrair mais clientes é o treinamento dos funcionários. “Nossas vendedoras são preparadas, treinadas pela própria indústria das marcas para chegar até o cliente bem orientadas”, explica Sueli.
 O mercado da beleza tem apostado também na variedade dos produtos. “Nós temos uma quantidade de clientes bem diversificada, atendemos desde o senhor mais simples até o mais sofisticado. Nós temos clientes que gastam em torno de R$300 no mês, outros que gastam R$200, R$100. Depende muito da condição financeira da pessoa”, complementa Sueli.
Os salões de beleza também lucram muito com esse crescimento significativo da indústria. A cada ano, surgem dezenas desse tipo de estabelecimento em Fernandópolis e região. Um crescimento que preocupa os profissionais mais capacitados do setor, mas que traz oportunidades de empregos que ajudam na renda de muitas famílias.
 Rosicler Ferreira Lopes Artilha, proprietária do Espaço Feminino, um salão localizado há cinco anos em um bairro simples na cidade de Jales, conta que trabalha há oito anos no ramo da beleza e tem clientes fixas desde que fazia depilação em outro estabelecimento.
O cliente procura por qualidade e preço bom e muitas vezes segue os profissionais para onde eles vão, uma característica de fidelidade. “Tenho clientes fixas que gastam aproximadamente R$150 por mês, muitas vezes a pessoa vem até o salão para fazer apenas uma escova e sempre acaba fazendo outra coisa, como unha ou depilação”, afirma Rosicler.
O lucro com um salão de beleza é relativamente bom, mas os gastos com os produtos são altos. Um profissional da beleza pode ter uma renda mensal entre muito boa, dependendo da variedade de produtos e serviços e da localização do estabelecimento.
Hoje existem cabeleireiros que não têm curso superior e faturam mais do que as pessoas cursaram uma faculdade. Essa é uma característica que mostra nitidamente que a indústria da beleza está em expansão e cria vagas em diversos setores, com profissionais de todas as qualificações.

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